A Ministra de Estado para a Área Social, Sua Excelência Maria do Rosário Bragança, defendeu, na quarta-feira, 5, em Doha Qatar, acções concretas e transformadoras para o desenvolvimento centrado nas pessoas e na dignidade humana.
A governante, que falava no debate geral da Segunda Cimeira Mundial para o Desenvolvimento Social, destacou, em primeiro lugar, o Programa Kwenda, que se tornou um dos pilares " da nossa política de protecção social de base".
Segundo Maria do Rosário Brangança, mais de um milhão e setecentas mil famílias vulneráveis estão integradas num sistema que combina transferências monetárias, um cadastro único, inclusão produtiva e municipalização. da acção social.
Realçou que em comunidades rurais, há famílias que utilizam este apoio para criar cooperativas agrícolas e pequenos empreendimentos locais, demonstrando que a protecção social de base pode gerar autonomia e rendimento.
Em segundo lugar, Maria do Rosário Bragança falou sobre o Projecto de Transformação da Agro-Pecuária Familioar de Angola (MOSAP III), com um financiamento de cerca de 300 milhões de dólares, está em excução desde 2023 e beneficirá 200 mil agricultores, promovendo produtividade, resiliência climática e rendimento rural.
O Programa Jovens e Oportunidades de Bons Empregos, financiado pelo Fundo Nacional de Emprego, mereceu igualmente abordagem como uma das formas de materialização da Agenda Nacional para o Emprego, promovendo oportunidades de trabalho digno, a formalização da economia e o empreendedorismo juvenil, porque " acreditamos que investir na juventude é investir na paz e na estabilidade", salientou.
De acordo com Maria do Rosário Bragança, o quarto pilar para o desenvolvimento social, assenta no plano Nacional de Desenvolvimento do Capital Humano 2023-2027, que reforça a formação técnica e científica, preparando os jovens para a economia digital e para os desafios da quarta revolução industrial.
Durante a sua intervenção, a governante fez saber, que em Julho do ano em curso, Angola apresentou o seu segundo Relatório Nacional Voluntário sobre a Agenda 2030, que evidenciou progressos significativos na expansão da protecção social, educação, igualdade de género e emprego digno.
Frisou que o Relatório confirma "o impacto das nossas políticas e reforça o compromisso com uma governação social inclusiva.
Sublinhou a importância da plena implementação do Compromisso de Sevilha, adaptado na IV Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, que fortalece o financiamento previsível, acessível e inovador para o pilar social da Agenda 2030 e da Agenda 2063.
Ao concluir, a Ministra de Estado para a Área Social ressaltou que numa altura em que se aproxima a data da da celebração dos 50 anos da Independência Nacional a 11 de Novembro, Angola acredita num futuro inclusivo, resiliente, sustentável e justo, onde a dignidade de todas as pessoas é respeitada e ninguém é deixado para trás.