Durante um almoço de trabalho com os membros do Conselho de Segurança, à margem da sua participação no Debate Aberto sobre Contraterrorismo, S.E. Embaixador Téte António, Ministro das Relações Exteriores, pediu aos membros do Conselho de Segurança no sentido de manterem o seu firme apoio ao Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, e ao Processo de Luanda, que visa desanuviar a tensão política entre o Ruanda e a RDC, para o alcance da paz no leste da República Democrática do Congo.
O Chefe da diplomacia angolana reiterou o firme compromisso do Estadista angolano, enquanto facilitador designado pela União Africana, na busca efectiva pela paz e segurança na Região Oriental da República Democrática do Congo (RDC).
Considerou ser crucial que as que as partes continuem a defender e a respeitar integralmente o cessar-fogo acordado pela RDC e o Ruanda a 30 de Julho, em Luanda, Angola, entrando em vigor a 4 de Agosto.
Lembrou que a Cimeira Tripartida Angola-Ruanda-RDC estava programada para ocorrer em Luanda, no dia 15 de Dezembro de 2024, e reuniria S.E. Félix Tshisekedi, Presidente da RDC, e S. E. Paul Kagame , Presidente do Ruanda.
A Cimeira teria como objectivo considerar as conquistas realizadas no ªambito do prpcesso de Luanda, desde Março de 2024 e o Projecto de Acordo apresentado pelo Facilitador a ambas as partes em Agosto do mesmo ano.
Esclareceu que a ocasião foi aproveitada para–S.E. João Manuel Gonçalves Lourenço reunir-se com S.E. Félix Thisekedi, Presidente da República Democrática do Congo (RDC) e Uhuru Kenyatta, ex-Presidente da República do Quénia.
Referiu que, apesar do adiamento da Cimeira, Angola continua as consultas diplomáticas com os dois países, para explorar maneiras de superar a única questão restante sobre o M 23.
A este respeito, adiantou que no dia 18 de Dezembro, S.E. João Manuel Gonçalves Lourenço enviou uma mensagem a S.E. Paul Kagame, Presidente do Ruanda, numa tentativa de prosseguir com consultas sobre a continuação do Processo de Luanda.
O Ministro Téte António manifestou preocupação com a recente escalada do conflito e a ocupação pelo M23 de mais áreas, em particular na província de Kivu do norte, como evidenciado pela ocupação de Masisi e o estabelecimento de administração paralela ilegal.
Essas acções, disse, minam os esforços em curso para alcançar a paz e a estabilidade duradouras no leste da RDC e representam uma violação flagrante e inaceitável do cessar-fogo desde 4 de Agosto.