• ANALISADA A SITUAÇÃO NO SUDÃO


    A situação no Sudão esteve em análise durante um encontro entre o Representante Permanente de Angola nas Nações Unidas, S.E. Embaixador Francisco José da Cruz, e o Enviado Pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas para o Sudão, S.E. Embaixador Ramtane Lamamra.

    O encontro, ocorrido na terça-feira, 25/02/25, serviu também para abordar as expectactivas em torno da reuniáo do Conselho de Segurança, que no dia seguinte(26/02/25), debateu a situação no Sudão.

    Ambos manifestaram preocupação com o agravamento da situação humanitária no país. por outro lado, analisaram as iniciativas diplomáicas em curso, nomeadamente a nível da União Africana e das Nações Unidas, para se encpntrar uma solução política para o conflito no Sudão.

    **REUNIÃO DO CONSELHO DE SEGURANÇA SOBRE A SITUAÇÃO NO SUDÃO**

    Intervindo na reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a situação no Sudão, o Representante Permanente de Angola, S.E. Embaixador Francisco José da Cruz, expressou profunda preocupação com a cotínua escalada do conflito naquele país do norte de África, que tem causado milhões de deslocados internos, agravando cada vez mais a situação humanitária.

    O diplomata cingiu a sua intervenção em três pontos-chave, nomeadamente a situação humanitária, o cenário políico e de segurança, assim como os esforços internacionais para promover uma solução pacífica.

    Quanto à situação humanitária, considerou bastante séria, com mais de 60% da população necessitando de assistencia humanitária imediata para sobreviver e o aumento do risco de fome em certas regiões do país.

    Apelou, por isso, às partes em conflito para colaborarem com o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários e continuarem a abrir corredores, seguros e desimpedidos, para que a ajuda humanitária possa chegar às pessoas necessitadas de forma rápida e sustentada.

    Relativamente ao cenário político e de segurança, explicou que, embora a raís do conflito esteja ligada às tensões étnicas internas, reconheceu que foi exacerbado por alguns factores externos, incluindo disputas geopolíticas e outros interesses não declarados.

    Abordou, igualmente, os esforços internacionais para promover uma solução pafícica , realçando o Processo de Jeddah facilitado pela Arábia Saudita e pelos EUA em Maio de 2023, que criou uma perspectiva de esperança para a paz no Sudão, levando a um cessar-fogo como condição indispensável para a protecção de civis e o fornececimento de assistência humanitária às populações afectadas.

    Recordou que o Conselho de Paz e Segurança da União Africana reuniu-se em Adis Abeba na Etiópia, a 14 de Fevereiro do corrente ano, para discutir a situação no Sudão tendo, S.E. João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República de Angola, apelado para a renovação dos esforços coordenados entre a UA, a ONU e outros parceiros internacionais envolvidos na resolução da crise sudanesa.

    Esxlareceu que, na sua qualidade de actual Presidente da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e Campeão da União Africana para a Paz e a Reconciliação em África, abordou com S.E. General Abdel Fattah Al Buran, Presidente do Conselho Soberano de Transição da República do Sudão, a necessidade da retoma de uma política de diálogo inclusivo.